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“Não adiantaram as mais de 8 horas de espera, os gritos, as vaias e os protestos simbólicos. Os vereadores da situação se aproveitaram que eram maioria e aprovaram, à toque de caixa, as propostas do Executivo sem as emendas da oposição. Passaram o rolo compressor e fizeram direitinho o que o prefeito ACM Neto mandou, inclusive aprovando as alterações no IPTU sem qualquer tempo hábil para análise da matéria”, afirmou o diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Everaldo Braga.
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Junto com o projeto de reajuste dos servidores, também foi aprovada a contratação de REDAs – Regime Especial de Direito Administrativo para diversos órgãos da Prefeitura e o aumento, que pode chegar a 300%, para os arquitetos e engenheiros que trabalham na gestão municipal. Os vereadores da situação vetaram as emendas que pediam a supressão dos artigos que tratavam da contratação de REDAs para o serviço público municipal, e a inclusão dos analistas de desenvolvimento sociocultural e de processos organizacionais, entre outros cargos de nível médio e superior, nas funções que terão seus salários reajustados em janeiro de 2014 (além dos 6,59% garantidos para todos os servidores em 2013).
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Por mais que os servidores se esgoelassem e pedissem uma votação justa, apoiados incessantemente pelos vereadores Fabíola Mansur e Silvio Humberto, do PSB, Aladilce Souza e Everaldo Augusto, ambos do PCdoB, Waldir Pires, Gilmar Santiago, Henrique Carbalal, J. Carlos Filho, Arnando Lessa, todos do PT, e Hilton Coelho (PSOL), não adiantou. As marionetes da situação votaram para prejudicar os milhares de servidores municipais e para beneficiar os desmandes de Neto. Com gritos de “volta João”, a categoria demonstrava o quanto a eleição do “Neto do DEMO”, como a categoria denomina ACM Neto, trouxe diversos problemas para os cidadãos de Salvador. Além de não cumprir as demandas de campanha (uma das principais era a valorização do servidor público), o governo municipal não dialoga com as categorias, somente impõe suas decisões.

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Na noite de ontem, por volta das 22h, o clima esquentou ainda mais quando um dos manifestantes jogou um ovo na direção dos vereadores e que acabou pegando em David Rios (PSD). A Polícia Militar foi chamada para tentar retirar do plenário as pessoas que eles achavam que podiam ter jogado o ovo. Foi aí que começou o empurra-empurra e a troca de agressões. Nesse momento, segundo um dos diretores do Sindseps Charlie Ramos, alguns membros da diretoria do Sindicato foram ameaçados pelo vereador Soldado Prisco (PSDB), que dizia: “vocês vão ver o que vai acontecer com vocês”. Eles informaram que vão entrar com uma representação contra Prisco (PSDB) e pediram proteção à vida. Toda situação só foi contida depois de mais de 10 minutos de confusão e quando a tentativa de diálogo foi estabelecida.
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“Quando os problemas começarem por causa desse novo regime de contratação, o que será em breve, esperamos que os aproveitadores de plantão e que se dizem representantes dos agentes de saúde, mas que nem na Câmara apareceram, ou melhor, dia nenhum durante a luta contra o REDA, digam que a culpa foi da AACES e do Sindseps, porque está na moda entidades que só andam em operação tartaruga quererem transferir seus erros para as outras que  realmente  estão lutando. Como já disse Rui Barbosa, maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!”, ressaltou o presidente da Associação dos Agentes Comunitários e de Endemias de Salvador (AACES), Enádio Pinto.

Segundo o diretor do Sindseps Bruno Cruz, o Sindicato lutará judicialmente para provar que a medida do REDA é ilegal. “Isso foi golpe político. Daqui a pouco não haverá mais concurso público na Prefeitura de Salvador. Essa situação é uma vergonha! Não queremos esse trenzinho da alegria que ACM Neto, junto com todos os seus vereadores, estão tentando resgatar. A sociedade precisa saber disso e vamos mostrar para ela o que esse gestor está fazendo com a nossa cidade e conosco, cidadãos de bem que só querem uma oportunidade segura e mais humana de trabalho”, garantiu Cruz.
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