01 junho 2015

Para os ACSs o E-SUS signica constrangimento e pressão dos coordenadores


O E-SUS Atenção Básica (E-SUS AB) é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional. Esta ação está alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde do Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à população. A estratégia e-SUS, faz referência ao processo de informatização qualificada do SUS em busca de um SUS eletrônico (http://dab.saude.gov.br/portaldab/esus.php).

Apesar disso, o E-SUS está causando muitos transtornos para o desenvolvimento das atividades dos agentes comunitários de saúde (ACSs). Isso basicamente devido a dois fatores:

Primeiro, essa tentativa de reestruturar as informações da Atenção Básica parece mais um censo do IBGE. As perguntas constantes no cadastro como a orientação sexual e o uso de drogas deixam os agentes de saúde em situação difícil, haja vista que muitas pessoas não se sentem à vontade para declarar a sua orientação sexual, e muitas das famílias visitadas moram perto de "boca de fumo", o que pode comprometer a segurança da integridade física dos ACSs;

Segundo, muitas coordenadoras desorientadas pressionam os agentes de saúde, dizendo quem não fizer o cadastramento terá o salário retido. Isso não procede, e o trabalhador não deve se deixar intimidar por esse tipo de ameaças. Se o cadastramento for motivo de insegurança para os agentes, não deve ser feito, e os sindicalistas devem ser imediatamente informados da situação.

Portanto, os ACSs só podem realizar o cadastramento do E-SUS se essa atividade não colocar em risco a sua integridade física nem deixar as famílias visitas em situação vexatória com perguntas invasivas. E a presão de coordenadores deve ser imeditamente comunicada aos sindicalistas (Sindseps e Aaces).




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