28 fevereiro 2016

AGENTE DE ZOONOSES É PRESA POR DESACATO EM AÇÃO DE DEDETIZAÇÃO

Ela teria chamado os policiais de "folgados" quando eles foram chamados para atender a denúncia do dono de uma casa que não teria sido dedetizada



Uma ação de dedetização na região Oeste de Belo Horizonte acabou virando caso de polícia nesta sexta-feira (26). Isso porque a coordenadora de zoonoses da prefeitura teria chamado um policial militar de "folgado" após o morador de um imóvel acionar a polícia alegando que a equipe não queria aplicar o produto em sua casa.
Joana Darc  Fuchs-
Coordenadora de zoonozes de BH
(foto facebook)
Segundo o boletim de ocorrência, a ação acontecia no bairro Palmeiras, quando os agentes aplicavam nas casas da região chamado Ultra Baixo Volume (UBV), produto químico fornecido pelo Ministério da Saúde indicado para matar o Aedes aegypti já na fase adulta.
A coordenadora da equipe e técnica superior de saúde, de 60 anos, passou pelo imóvel do denunciante que estava fechado, mas quando a equipe já estava atendendo outro imóvel, ele teria atendido e chamado os agentes para dedetizar a sua casa 
A agente teria dito ao homem que não poderia voltar lá já que teria que terminar de atender as outras residências. O denunciante chamou a polícia e, segundo consta no boletim de ocorrência, quando os militares chegaram, com a recusa em atender o imóvel ela foi chamada para a confecção da ocorrência, mas se recusou.
Dizendo ser irmã de um delegado da Polícia Federal e cunhada de um coronel, ela pegou o celular e ligou para alguém, para quem teria dito: "esse pessoalzinho da polícia é tudo folgado, acha que manda em alguma coisa mas não manda em nada", direcionando as palavras aos militares.
Por este motivo, os policiais teriam feito um boletim de ocorrência por desacato e ela foi levada para a Delegacia Adjunta ao Juizado Especial Criminal (Deajec). Foi realizada uma audiência imediata no Juizado Especial Criminal e ela foi liberada.
Segundo a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte, o assunto foi tratado diretamente pela gerente do distrito Oeste junto às instituições envolvidas. "Será feita uma apuração para verificar se houve de fato erro na conduta da profissional e, se confirmado, serão aplicadas as medidas cabíveis", informou o comunicado.
Ainda conforme o órgão, "por se tratar de um produto químico, os moradores onde haverá a aplicação do UBV são avisados com antecedência para que possam preparar o imóvel". 

Fonte: O Tempo

Um comentário:

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